Psicoeducação emocional: ajudando crianças a nomear e entender sentimentos
- cassianogueira32
- 17 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de abr.

Crianças não nascem sabendo o que é raiva, tristeza ou frustração — elas sentem, mas não sabem nomear, entender ou comunicar o que estão vivendo. A psicoeducação emocional é uma prática terapêutica que tem como objetivo ensinar crianças a reconhecer, nomear e lidar com suas emoções de forma saudável, promovendo autoconhecimento, empatia e regulação emocional.
Trata-se de um processo fundamental no desenvolvimento emocional e social, que auxilia na prevenção de comportamentos desadaptativos, dificuldades de relacionamento e sofrimento psíquico.
O que é psicoeducação emocional?
Psicoeducar significa ensinar conteúdos psicológicos de forma acessível, respeitosa e adaptada à idade e nível de desenvolvimento da criança. No caso da psicoeducação emocional, o foco é:
● Identificar e nomear emoções (básicas e complexas);
● Reconhecer sinais físicos e corporais das emoções;
● Compreender o que desencadeia cada emoção;
● Desenvolver estratégias para lidar com emoções difíceis;
● Promover empatia e consciência social;
● Fortalecer autoestima e autocontrole.
Para quem é indicada?
A psicoeducação emocional pode beneficiar todas as crianças, mas é especialmente indicada nos seguintes casos:
● Dificuldade de lidar com frustrações e limites;
● Comportamentos impulsivos, agressividade ou explosões emocionais;
● Timidez excessiva ou isolamento social;
● Crianças com TDAH, TEA, transtornos de ansiedade, TOC ou dificuldades de aprendizagem;
● Dificuldades de expressão verbal de sentimentos;
● Queixas escolares ou conflitos familiares recorrentes.
Como acontece na prática?
Na clínica, o processo de psicoeducação emocional é realizado de maneira lúdica, interativa e individualizada, utilizando:
● Cartas de emoções, rodas de sentimentos, jogos terapêuticos;
● Histórias sociais e contação de histórias com metáforas emocionais;
● Expressão artística: desenho, massinha, pintura, colagens;
● Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e ABA;
● Círculos de conversa e dramatizações;
● Diários emocionais e termômetros de sentimentos.
É importante lembrar que não se trata apenas de “falar sobre emoções”, mas de ensinar habilidades práticas para reconhecer, expressar e lidar com elas no dia a dia.
Envolver os pais faz toda a diferença
A orientação parental é parte essencial do processo. Quando os pais aprendem também a nomear emoções, validar sentimentos e utilizar linguagem emocional em casa, a criança ganha um ambiente mais seguro e estruturado para desenvolver sua inteligência emocional.
Educação emocional é prevenção e cuidado
A criança que aprende a reconhecer e compreender suas emoções tem mais facilidade para se autorregular, fazer escolhas mais saudáveis, desenvolver empatia e construir relacionamentos mais positivos ao longo da vida.
Investir em psicoeducação emocional é investir em saúde mental preventiva e em desenvolvimento humano de forma integral.
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Clínica de Neuropsicologia e Psicologia Cassia Nogueira
Nosso trabalho é pautado na ciência e no cuidado humanizado.